Você, caro leitor, deve estar se perguntando os motivos de MAIS uma viagem do presidente e pode até estar xingando o coitado por gastar dinheiro público a toa.
Mas estava eu na aula de Negociações Diplomáticas e eis que o assunto surge e eu cheguei a conclusão de que há muito mais coisas entre Brasil, Israel e Palestina do que a vã diplomacia é capaz de entender. FATO!
Todo mundo sabe que esses dois países tem um histórico beeem antigo de conflitos e, assim como, resolver essa parada é tão FÁCIL, mas tão fácil que nem se JESUS viesse na terra e falasse: - Meus filhos NÃO briguem! O conflito ia terminar.
Agora o que nem todo mundo sabe é que o Brasil, desde a época da Liga das Nações, anseia por um assento permanente, no caso da ONU, no Conselho de Segurança [CS]. E se você está se perguntando QUE DIABOS isso tem haver com a viagem do Lula, eu vos digo: T U D O.
Para o Brasil pleitear um assento permanente [como já tentou algumas vezes] ele não pode ser um mero líder regional, ele tem que ter poder de influência em outras regiões como o Oriente Médio. Reparem que a visita da Hillary Clinton ao país foi para tentar fazer com que o Brasil mude de posicionamento quanto a questão do Irã, ou seja, o país está ganhando importância no cenário internacional.
O fato de o Lula chegar lá, tentar estabelecer um diálogo com as duas partes e não tomar partido de nenhuma significa uma possível tentativa de mediação do conflito e não vontade de botar mais lenha na fogueira [que já tá queimando horrores]. Se o país obtiver sucesso nesse tema, provavelmente será chamado para arbitrar situações –problema futuramente.
Aparentemente isso não é nada, mas o reconhecimento que trará e a demonstração de poder que dará ao país são totalmente indispensáveis para o fortalecimento do Brasil na seara internacional. Claro que o Brasil não vai resolver o conflito e fazer a paz reinar na faixa de Gaza, mas se ele conseguir fazer com que Israel pare de construir assentamentos em Jerusalém Oriental e que a Palestina pare de usar energia nuclear para fins beligerantes, além de abrir um novo canal de diálogo. Sem sombra de dúvidas, o mundo idolatrará não só o país, como o Lula.
Apesar da minha viagem de paz em Gaza, a viagem do Lulinha serve para mostrar que ele não está viajando a toa e que apesar de não estar bradando aos quatro ventos, o CARA quer sim um lugar permanente no CS [prometer, eu não prometo não, mas vou tentar fazer um post contando da saga brasileira por um assento permanente no Conselho Executivo da Liga das Nações =D].
Preciso comentar também a GAFE diplomática do nosso digníssimo presidente em Israel.
Estava previsto na agenda do Lula uma visita ao túmulo de Yasser Arafat [p. quem não lembra era aquele velhinho que andava com um pano xadrez na cabeça] no lado Palestino [lógico, no lado Israelense que não ia ser :x] e quando o Chanceler Israelense soube disso, LÓGICO que ia querer que ele visitasse o túmulo de alguém a altura em Israel, como Ariel Sharon até hj não morreu [dava p. fazer um por onde anda, né?!] a ideia era ir no mausoléu do cara que fundou o Sionismo. Até aí TUDO digno, se ele vai visitar uma personalidade palestina pq não visitar uma israelense não é mesmo? Sóó que eu não sei se foi o Lula que deu chilique ou se o pessoal que cuida da agenda dele não percebeu a importância do fato, mas enfim, VETARAM a ida do Lula ao mausoléu. Até eu que não sou o ser mais diplomático desse mundo [já explodi Moscou uma vez xD] sei que era o MÍNIMO que ele devia fazer.
Mas por causa disso o chanceler se sentiu no direito de não ouvir pessoalmente o discurso do Lula e ainda de criticar o posicionamento brasileiro no caso Iraniano. É ser diplomata não é uma coisa fácil, FATO! Ter que pensar que reação determinada ação pode gerar nãão é legal :x
Mas uma coisa eu aprendi nisso tudo: nunca deixe de visitar um túmulo.
IAUSHAISUHSIAUSHSIAHSIUSHUIASH
zoeeei
Câmbio, desligo.
