27 fevereiro 2012

AND THE OSCAR WENT TO.....




Melhor Filme: The Artist (O Artista)
Melhor Atriz: A Dama de Ferro, Meryl Streep
Melhor Ator: The Artist, Jean Dujardin
Melhor Atriz Coadjuvante: Histórias Cruzadas, Octavia Spencer
Ator Coadjuvante: Toda Forma de Amor, Christopher Plummer
Melhor Diretor: The Artist, Michel Hazanavicius
Melhor Edição: Millennium – Os Homens Que Não Amavam as Mulheres
Melhor Documentário: Undefeated
Melhor Animação: Rango
Melhor Trilha Sonora: The Artist (O Artista)
Melhor Canção Original: Man or Muppet, Os Muppets (Bret McKenzie)
Melhor Roteiro Original: Meia Noite em Paris
Melhor Roteiro
Adaptado: Os Descendentes, de George Clooney

Melhor Som: A Invenção de Hugo Cabret
Melhor Edição de Som: A Invenção de Hugo Cabret
Melhores Efeitos Visuais: A Invenção de Hugo Cabret
Melhor Curta-Metragem de Animação: The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore
Melhor Filme Estrangeiro: A Separação
Melhor Maquiagem: A Dama de Ferro
Melhor Figurino: The Artist (O Artista)
Melhor Direção de Arte: A Invenção de Hugo Cabret
Melhor Fotografia: A Invenção de Hugo Cabret



Os dois filmes que se destacaram na noite foram:

“O Artista” - 10 indicações e 5 estatuetas, sendo que ganhou alguns dos principais prêmios da noite.

O filme se passa na Hollywood de 1927 e conta a história de George Valentin (Jean Dujardin), um astro do cinema mudo que perde espaço e cai no esquecimento após a chegada do cinema falado. Enquanto isso, sua pupila Peppy Miller (Bérénice Bejo) torna a estrela dos filmes falados.

O filme é todo em preto e braco e 99% mudo.



“A invenção de Hugo Cabret” (prefiro o titulo original “Hugo”) – 11 indicações e 5 estatuetas.

O filme se passa na Paris dos anos 30. Hugo Cabret (Asa Butterfield) é um órfão que vive escondido nas paredes da estação de trem. Ele guarda consigo um robô quebrado, deixado por seu pai (Jude Law). Um dia, ao fugir do inspetor (Sacha Baron Cohen), ele conhece Isabelle (Chloe Moretz), uma jovem com quem faz amizade. Logo Hugo descobre que ela tem uma chave com o fecho em forma de coração, exatamente do mesmo tamanho da fechadura existente no robô. O robô volta então a funcionar, levando a dupla a tentar resolver um mistério mágico.

Dizem que é o melhor o uso do 3D até hoje (até o James Cameron disse isso).


Agora vamos ao que interessa, os comentários.

Melhor Filme



D. - Os dois filmes mais cotados para ganhar o prêmio ("O Artista" e "A invenção de Hugo Cabret") tratam do cinema de antigamente e senti que esse tema será a próxima tendência da safra de filmes de 2012/2013. E isso me fez parar para analisar esse início de década, parece que tanto no cinema quanto na moda, etc, a tendência é o passado. Cadê a criatividade povo? Vamos inovar! hahahahaha.

Mas dos filmes indicados que vi esses dois foram os que mais me chamaram a atenção, em especial o Hugo.


L. - Eu entendi que o Oscar estava querendo celebrar o cinema arte, a velha forma defazer filme. Depois que eu saí de Hugo, fiquei um pouco decepcionada, pq eu estava esperando outra coisa. Mas ao longo da conversa com meu namorado, ele me fez ver que as pessoas, ou pelo menos a academia, quer ver filme arte, aquele que nos faz viver dentro da tela e ficar maravilhado com as coisas. Não vi O Artista, ma quero muito ver, depois que descobri que é quase mudo.

-
Melhor Atriz


D. - Não vi a Dama de Ferro e nem a maioria dos filmes que indicaram melhor atriz feminina ( vi o trabalho da Rooney Mara em Millennium, que foi incrível), mas achei que a Glen teve uma interpretação mais forte e difícil do que a Meryl e pelo que me falaram a Viola também foi maravilhosa.
Talvez a Meryl mereceu, mas acho q o prêmio só foi para ela pq é a Meryl Streep e já foi indicada 17 vezes ao Oscar e ganhou 2 ou 3 vezes.

L. - Eu acho que deveriam ter dividido esse prêmio entre todas as indicadas. Com a Viola Davis, eu chorei, eu ri, eu senti a dor dela em Histórias Cruzadas. Ela fez um trabalho excelente. Já a Meryl era a Margareth Tatcher. Ela é uma atriz magnifica, sério. Eu sou mega fã dela. Já a Rooney Mara, depois que eu vi o Os Homens que Não Amavam as mulheres eu fiquei obcecada com TUDO do filme. TUDO mesmo. Ela se entregou nesse papel de uma forma. Até fez os piercings, enfim, merecia muito. Mal posso esperar pra ver os outros filmes da trilogia. A Michelle Willians de Marilyn. Só pelo trailer você já vê que ela encarnou o espírito da mulher. Fiquei chocada com o tanto que ela ficou parecia. A Glen não posso opinar, mas só pela caracterização você já vê que ela foi incrível em Albert Nobbs.

Melhor Ator



D. - O Jean é lindo!!!! Puro charme e glamour, só por isso já merecia um Oscar!! e achei legal escolherem um francês no lugar de um inglês ou norte-americano como sempre fazem.

L. -
Deram o Oscar pro francês bonitão minha gente. Não posso opinar, não vi nenhum dos filmes. Mas é claro que nem o George e nem o Brad ganhariam. Falta muita pra eles ganharem um Oscar, na minha opinião.


Melhor Diretor
D. - Acredito que tanto o Scorsese quanto o Hazanavicius (cruzes) mereciam o prêmio. Os dois filmes são maravilhosos e cada um com a sua dificuldade! Imaginem fazer um filme mudo e preto e branco quando o mundo já desconhece o que é isso?! Enquanto o Scorcese usou a tecnologia de uma forma delicada (até parece que entendo de filmes ¬¬) para fazer um filme que se passa nos anos 1930. E dizem que ele fez o melhor uso do 3D até hoje, fiquei até curiosa para ver a versão 3D, mesmo não gostando de filmes em 3D.

Imaginei mesmo que o H. ia ganhar, a academia tem uma birra com o Scorsese. Ele já foi indicado um zilhão de vezes e só ganhou há pouco tempo por causa de ''Os Infiltrados'' e meio que foi um oscar de " fomos vencidos pelo cansaço, vc tem q ganhar algum dia, então vai ser hj, mas não se acostume!"


L. - Olha, não vi o Artista hehehe. Mas o Hugo em 3D realmente foi o melhor uso que eu já vi até hoje. E eu vejo muito filme em 3D. A fotografia ficou impecável e foi tão sutil. Eu fiquei completamente apaixonada pelo 3D nesse filme. Lindo, lindo.

Melhor Canção Original

D. - Sabia q o Brasil ia perder, o Oscar é comprado pelas grandes coorporações midiáticas!!!!! (teoria da conspiração) Só tinham 2 concorrentes e a música brasileira era bem melhor do que a dos Muppets!!!!!
L. - Só tenho uma palavra: INDIGNAÇÃO.


A Festa do Oscar





D. - A Angelina esta ficando feia! Esta magra demais! o Brad podia enfiar uma comida na boca dela. Entendo se ela tiver magra por causa do filme que estava dirigindo, parecia ser bem pesado o tema, mas li que ela tomaremédios para emagrecer. Agora me digam: como uma mulher que trabalha com pessoas que passam fome toma remédio para emagrecer??? O vestido dela tava mara (apesar de parecer muito com o modelo usado pela Aniston no Globo de ouro de 2010) e o lápis labial q ela passou ficou estranho.

Nem reconheci a Rooney Mara sem aquela caracterização do filme! E o vestido dela tava lindo!!! Super elegante!

A Meryl foi vestida de estatueta do Oscar, mas amei a roupa dela. Super elegante!

L. - Jessica Chastain. Musa mor do tapete vermelho. Ela e a Emma Stone roubaram a cena, amei os vestidos. Chorei com a Octavia Spencer quando ela ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Tão fofa! E ela num era nem um pouco conhecida antes do filme. Achei inovador tanto um ator francês, quanto um filme francês ganharem o prêmio. Seria por política? Huuuum hehehe
Mas apesar de ser uma cerimonia meio boring, eu gostei. Só não pude ver tudo, mas sempre gosto quando os ganhadores do ano passado falam dos indicados a melhor ator e atriz do ano. Eu ia ficar maluca se o Colin Firth falasse de mim. A Meryl foi profetizando que o Oscar seria dela com aquele vestido, né? hehehe




Até mais

18 setembro 2011

Um navio sem rota?

Domingo passado foi 11/09 uma data que a partir de 2001 passou a ser  mundialmente lembrada. Analistas de vários campos do conhecimento se perguntam o que de fato significa essa data para o mundo, mas as contribuições são, na maioria das vezes, inconclusivas e divergentes.
O jornal E. de SP fez um especial com uma série de reportagens e entrevistas a cerca dessa data e um dos entrevistados foi o historiador Erick J. Hobsbawm. Eu sou MUITO suspeita para falar qualquer coisa sobre ele porque sou profundamente apaixonada pela inteligência desse jovem senhor de 94 anos [se eu chegar aos 80 quero ser lúcida como ele #prontofalei].
Na entrevista ele fala sobre o comportamento dos EUA no pós ataque e, mais do que isso, do velho embate entre Ocidente e o resto do mundo. Vale MUITO a pena conferir:

Autor de A Era das Revoluções, A Era do Capital, A Era dos Impérios e a A Era dos Extremos, em que tece uma ‘breve história’ do século 20, questiona assimilações como a superioridade cultural do Ocidente, por vezes invólucro de uma arrogância histórica que hoje mal disfarça a incapacidade de entender, afinal de contas, o que vem a ser uma sociedade tribal ou um califado. Por outro lado, acha que a intensificação dos fluxos migratórios, levando incessantemente gente jovem de um canto a outro do planeta, embora gere muita xenofobia, gera também uma visão mais disseminada da diversidade do mundo. Visão que a geração de Hobsbawm, nascido em 1917 no Egito sob domínio inglês, numa família judia mais tarde perseguida pelo nazismo, definitivamente não teve.
Professor (emérito) da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e da New School for Social Research, em Nova York, Hobsbawm só é capaz de compreender o historiador como um "observador participante", além de se autodefinir também como um "viajante de olhos abertos e jornalista ocasional". Chega a recomendar aos seus leitores que tentem tomar o que ele escreve "na base da confiança", porque embora pesquise incansavelmente, se dispensa das referências bibliográficas sem fim e das enfadonhas exibições de erudição. Por isso, seguramente, seu estilo é inconfundível.
Marx, ele descobriu na juventude. Ao fixar-se em Londres, logo alistou-se no Partido Comunista e, depois, no exército britânico, para combater Hitler. Evidentemente Hobsbawm foi cobrado pelo método marxista de análise que ainda hoje utiliza, especialmente quando muitos dos seus pares trataram de rever posições, a partir do desmoronamento do mundo soviético. Em sua autobiografia, Tempos Interessantes (lançada em 2002 pela Companhia das Letras, assim como outros títulos importantes do autor), ele próprio já tratava de acalmar os fustigadores: "A história poderá julgar minhas opiniões políticas - na verdade em grande parte já as julgou - e os leitores poderão julgar meus livros. O que busco é o entendimento da história, e não concordância, aprovação ou comiseração".

No livro Globalização, Democracia e Terrorismo, de 2007, o senhor passa para os leitores certo pessimismo ao lhes colocar uma perspectiva crucial e ao mesmo tempo desconfortante: 'Não sabemos para onde estamos indo', diz, referindo-se aos rumos mundiais. Olhando as últimas décadas pelo retrovisor da história esse sentimento parece ter se intensificado. Em que outros momentos a humanidade viveu períodos marcados por essa mesma sensação de falta de rumos?
Embora existam diferenças entre os países, e também entre as gerações, sobre a percepção do futuro - por exemplo, hoje há visões mais otimistas na China ou no Brasil do que em países da União Europeia e nos Estados Unidos -, ainda assim acredito que, ao pensar seriamente na situação mundial, muita gente experimente esse pessimismo ao qual você se refere. Porque de fato atravessamos um tempo de rápidas transformações e não sabemos para onde estamos indo, mas isso não constitui um elemento novo em tempos críticos. Tempos que nos remetem ao mundo em ruínas depois de 1914, ou mesmo a vários lugares daquela Europa entre duas grandes guerras ou na expectativa de uma terceira. Aqueles anos durante e após a 2ª Guerra foram catastróficos, ali ninguém poderia prever que formato o futuro teria ou mesmo se haveria algum futuro. Cruzamos também os anos da Guerra Fria, sempre assustadores pela possibilidade de uma guerra nuclear. E, mais recentemente, notamos a mesma sensação de desorientação ao vermos como os Estados Unidos mergulharam numa crise econômica que até parece ser o breakdown do capitalismo liberal.

Nações saíram empobrecidas, arruinadas mesmo, das guerras mundiais, mas é adequado pensar que havia naqueles escombros o desenho de um futuro?
Sim. Se de um lado o futuro nos era desconhecido e cada vez mais inesperado, havia por outro lado uma ideia mais nítida sobre as opções que se apresentavam. No entreguerras, a escolha principal de um modelo se dava entre o capitalismo reformado e o socialismo com forte planejamento econômico - supremacia de mercado sem controle era algo impensável. Havia ainda a opção entre uma democracia liberal, o fascismo ultranacionalista e o comunismo. Depois de 1945, o mundo claramente se dividiu numa zona de democracia liberal e bem-estar social a partir de um capitalismo reformado, sob a égide dos EUA, e uma zona sob orientação comunista. E havia também uma zona de emancipação de colônias, que era algo indefinido e preocupante. Mas veja que os países poderiam encontrar modelos de desenvolvimento importados do Ocidente, do Leste e até mesmo resultante da combinação dos dois. Hoje esses marcos sinalizadores desapareceram e os ‘pilotos’ que guiariam nossos destinos, também.

Como o senhor avalia o poder das imagens de destruição nos ataques do 11/9 a Nova York, tão repetidas nos últimos dias? Tornaram-se o símbolo de uma guinada histórica, apontando novas relações entre Ocidente e Oriente? Por que imagens do cenário de morte de Bin Laden surtiram menos impacto?
A queda das torres do World Trade Center foi certamente a mais abrangente experiência de catástrofe que se tem na história, inclusive por ter sido acompanhada em cada aparelho de televisão, nos dois hemisférios do planeta. Nunca houve algo assim. E sendo imagens tão dramáticas, não surpreende que ainda causem forte impressão e tenham se convertido em ícones. Agora, elas representam uma guinada histórica? Não tenho dúvida de que os Estados Unidos tratam o 11/9 dessa forma, como um turning point, mas não vejo as coisas desse modo. A não ser pelo fato de que o ataque deu ao governo americano a ocasião perfeita para o país demonstrar sua supremacia militar ao mundo. E com sucesso bastante discutível, diga-se. Já o retrato de Bin Laden morto (que não foi divulgado) talvez fosse uma imagem menos icônica para nós, mas poderia se converter num ícone para o mundo islâmico. Da maneira deles, porque não é costume nesse mundo dar tanta importância a imagens, diferentemente do que fazemos no Ocidente, com nossas camisetas estampando o rosto de Che Guevara.

Mas além da chance de demonstrar poderio militar, os Estados Unidos deram uma guinada na sua política externa a partir de 2001, ajustando o foco naquilo que George W. Bush batizou como ‘war on terror’. Outro encaminhamento seria possível?
Eu diria que a política externa americana, depois de 2001, foi parcialmente orientada para a guerra ao terror, e fundamentalmente orientada pela certeza de que o 11/9 trouxe para os EUA a primeira grande oportunidade, depois do colapso soviético, de estabelecer uma supremacia global, combinando poder político-econômico e poder militar. Criou-se a situação propícia para espalhar e reforçar bases militares americanas na Ásia central, ainda uma região muito ligada à Rússia. Sob esse aspecto, houve uma confluência de objetivos - combate-se o inimigo ampliando enormemente a presença militar americana. Mas, sob outro aspecto, esses objetivos conflitaram. A guerra no Iraque, que no fundo nada tinha a ver com a Al-Qaeda, consumiu atenção e uma enormidade de recursos dos EUA, e ainda permitiu à organização liderada por Bin Laden criar bases não só no Iraque, mas no Paquistão e extensões pelo Oriente Médio.

Os Estados Unidos lançaram-se nessa campanha sabendo o tamanho do inimigo?
O perigo do terrorismo islâmico ficou exagerado, a meu ver. Ele matou milhares de pessoas, é certo, mas o risco para a vida e a sobrevivência da humanidade que ele possa representar é muito menor do que o que se estima. Exemplo disso são as importantes mudanças que ocorreram neste ano no mundo árabe, mudanças que nada devem ao terrorismo islâmico. E não só: elas o deixaram à margem. Agora, o mais duradouro efeito da war on terror, aliás, uma expressão que os diplomatas americanos finalmente estão abandonando, terá sido permitir que os Estados Unidos revivessem a prática da tortura, bem como permitir que os cidadãos fossem alvo de vigilância oficial. Isso, claro, sem falar das medidas que fazem com que a vida das pessoas fique mais desconfortável, como ao viajar de avião.

Diante dos problemas econômicos que hoje afligem os Estados Unidos, ainda sem um horizonte de recuperação à vista, o senhor diria que seguimos em direção a um tempo de declínio da hegemonia americana? 
Nós de fato caminhamos em direção à Era do Declínio Americano. As guerras dos últimos dez anos demonstram como vem falhando a tentativa americana de consolidar sua solitária hegemonia mundial. Isso porque o mundo hoje é politicamente pluralista, e não monopolista. Junto com toda a região que alavancou a industrialização na passagem do século 19 para o século 20, hoje a América assiste à mudança do centro de gravidade econômica do Atlântico Norte para o Leste e o Sul. Enquanto o Ocidente vive sua maior crise desde os anos 30, a economia global ainda assim continua a crescer, empurrada pela China e também pelos outros Brics. Ainda assim, não devemos subestimar os Estados Unidos. Qualquer que venha a ser a configuração do mundo no futuro, eles ainda se manterão como um grande país e não apenas porque são a terceira população do planeta. Ainda vão desfrutar, por um bom tempo, da notável acumulação científica que conseguiram fazer, além de todo o soft power global representado por sua indústria cultural, seus filmes, sua música, etc.

Não só por desdobramentos político-militares do 11/9, mas também pela emergência de novos atores no mundo globalizado, criam-se situações bem desafiadoras. Por exemplo, o que o Ocidente sabe do Islã? E dos países árabes que hoje se levantam contra seus regimes? Qual é o grau de entendimento da China? Enfim, o Ocidente enfrenta dificuldades decorrentes de uma certa superioridade cultural ou arrogância histórica?
Ao longo de toda uma era de dominação, o Ocidente não só assumiu que seus triunfos são maiores do que os de qualquer outra civilização, e que suas conquistas são superiores, como também que não haveria outro caminho a seguir. Portanto, ao Ocidente restaria unicamente ser imitado. Quando aconteciam falhas nesse processo de imitação, isso só reforçava nosso senso de superioridade cultural e arrogância histórica. Assim, países consolidados em termos territoriais e políticos, monopolizando autoridade e poder, olharam de cima para baixo para países que aparentemente estavam falhando na busca de uma organização nas mesmas linhas. Países com instituições democráticas liberais também olharam de cima para baixo para países que não as tinham. Políticos do Ocidente passaram a pensar democracia como uma espécie de contabilidade de cidadãos em termos de maiorias e minorias, negando inclusive a essência histórica da democracia. E os colonizadores europeus também se acharam no direito de olhar populações locais de cima para baixo, subjugando-as ou até erradicando-as, mesmo quando viam que aqueles modos de vida originais eram muito mais adequados ao meio ambiente das colônias do que os modos de vida trazidos de fora. Tudo isso fez com que o Ocidente realmente desenvolvesse essa dificuldade de entender e apreciar avanços que não fossem os próprios.

Essa superioridade do Ocidente pode mudar com a emergência de uma potência como a China?
Mas mesmo a China, que no passado remoto era tida como uma civilização superior, foi subestimada por longo tempo. Só depois da 2ª Guerra é que seus avanços em ciência e tecnologia começaram a ser reconhecidos. E só recentemente historiadores têm levantado as extraordinárias contribuições chinesas até o século 19. Veja bem, ainda não sabemos em que medida a cultura, a língua e mesmo as práticas espirituais da Pérsia, hoje Irã, enfim, em que medida aquele fraco e frequentemente conquistado império influenciou uma grande parte da Ásia, do Império Otomano até as fronteiras da China. Sabemos? Temos grande dificuldade em compreender a natureza das sociedades nômades, bem como sua interação com sociedades agrícolas assentadas, e hoje a falta dessa compreensão torna quase impossível traduzir o que se passa em vastas áreas da África e da região do Saara, por exemplo, no Sudão e na Somália. A política internacional fica completamente perdida quando confrontada por sociedades que rejeitam qualquer tipo de estado territorial ou poder superior ao do clã ou da tribo, como no Afeganistão e nas terras altas do sudoeste asiático. Hoje achamos que já sabemos muito sobre o Islã, sem nem sequer nos darmos conta de que o radicalismo xiita dos aiatolás iranianos e o sonho de restauração do califado por grupos sunitas não são expressões de um Islã tradicional, mas adaptações modernistas, processadas o longo século 20, de uma religião prismática e adaptável.

Com todos esses exemplos de 'mundos' que se estranham, o senhor diria que a história corre o risco das distorções?
Apesar de todos esses exemplos, sou forçado a admitir que a arrogância histórica ocidental inevitavelmente se enfraquece, exceto em alguns países, entre eles os EUA, cujo senso de identidade coletiva ainda consiste na crença de sua própria superioridade. Nos últimos dez anos, a história tomou outro curso, muito afetada pelas imigrações internacionais que permitem a mulheres e homens de outras culturas virem para os "nossos" países. Dou um exemplo: hoje a informação municipal na região de Londres onde vivo está disponível não apenas em inglês, mas em albanês, chinês, somali e urdu. A questão preocupante é que, como reação a tudo isso, surge também uma xenofobia de caráter populista, que se propaga até nas camadas mais educadas da população. Mas, inegavelmente, numa cidade como Londres ou Nova York, onde a presença dos imigrantes de várias partes é forte, existe hoje um reconhecimento maior da diversidade do mundo do que se tinha no passado. Turistas que buscam destinos na Ásia, África ou até mesmo no Caribe costumam não entender a natureza das sociedades que cercam seus hotéis, mas jovens mulheres e homens que hoje viajam, a trabalho ou estudos, para esses lugares, já criam outra compreensão. Em resumo, apesar da expansão de xenofobia, há motivos para otimismo porque a compreensão abrangente do nosso tempo complexo requer mais do que conhecimento ou admiração por outras culturas. Requer conhecimento, estudo e, não menos importante, imaginação.

Imaginação?
Sim, porque essa compreensão abrangente é frequentemente dificultada pelo persistente hábito de políticos e generais passarem por cima do passado. O Afeganistão é um clamoroso exemplo do que estou dizendo. Temo que não seja o único.

Na sua opinião, estaríamos atravessando um momento regressivo da humanidade quando fundamentalismos religiosos impõem visões de mundo e modos de vida?
O que vem a ser um momento regressivo? Esta é a pergunta que faço. Não acredito que nossa civilização esteja encarando séculos de regressão como ocorreu na Europa Ocidental depois da queda do Império Romano. Por outro lado, devemos abandonar a antiga crença de que o progresso moral e político seja tão inevitável quanto o progresso científico, técnico e material. Essa crença tinha alguma base no século 19. Hoje o problema real que se coloca, o maior deles, é que o poder do progresso material e tecnocientífico, baseado em crescente e acelerado crescimento econômico, num sistema capitalista sem controle, gera uma crise global de meio ambiente que coloca a humanidade em risco. E, à falta de uma entidade internacional efetiva no plano da tomada de decisão, nem o conhecimento consolidado do que fazer, nem o desejo político de governos nacionais de fazer alguma coisa estão presentes. Esse vazio decisório e de ação pode, sim, levar o nosso século para um momento regressivo. E certamente isso tem a ver com aquele "sentido de desorientação" que discutimos no início da entrevista.

Apoiado na sua longa trajetória acadêmica, que conselhos o senhor daria aos jovens historiadores de hoje?
Hoje pesquisar e escrever a história são atividades fundamentais, e a missão mais importante dos historiadores é combater mitos ideológicos, boa parte deles de feitio nacionalista e religioso. Combater mitos para substituí-los justamente por história, com o apoio e o estímulo de muitos governos, inclusive. Se eu fosse jovem o suficiente, gostaria de participar de um excitante projeto interdisciplinar que recorresse à moderna arqueologia e às técnicas de DNA para compor uma história global do desenvolvimento humano, desde quando os primeiros Homo sapiens tenham aparecido na África oriental e como elas se espalharam pelo globo. Agora, se eu fosse um jovem historiador latino-americano, daí eu poderia ser tentado a investigar o impacto do meu continente sobre o resto do mundo. Isso, desde 1492, na era dos descobrimentos, passando pela contribuição material desse continente a tantos países, com metais preciosos, alimentos e remédios, até o efeito da América Latina sobre a cultura moderna e a compreensão do mundo, influenciando intelectuais como Montaigne, Humboldt, Darwin. E, evidentemente, eu pesquisaria a riqueza musical do continente, fosse eu um latino-americano. Isso é tudo o que eu quero dizer.

Essa entrevista só me fez amar mais o Hobsbawm e também serviu para alertar a todos para que não se entreguem a análises minimalistas do mundo e da história que trazem frases de efeitos que são, muitas vezes, extremamente preconceituosas e superficiais.
Há muito mais coisas entre o Ocidente e o Islã, por exemplo. E uma coisa eu posso garantir, a questão em debate não é apenas a da validade da Democracia.

Um pode me ligar gigantesco para o Hobsbawm!
A.
Ps.: Para conferir a entrevista no Estadão. Clique aqui.

20 agosto 2011

Deu internacionalista no Rondon

Pedi um espaço neste ilustríssimo Blog, mais uma vez, para compartilhar uma experiência muito legal.
Tive a oportunidade de participar do Projeto Rondon durante as férias de julho, e antes de ir não imaginava a grandiosidade do evento. A Operação Tuiuiú do projeto (a que participei) foi realizada no Estado do Mato Grosso, no período de 16 de julho a 1 de agosto de 2011. Teve 20 Municípios atendidos, 396 Rondonistas voluntários e 40 Instituições de Ensino Superior participantes.
O Projeto Rondon, coordenado pelo Ministério da Defesa, é um projeto de integração social que envolve a participação voluntária de estudantes universitários na busca de soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável de comunidades carentes e ampliem o bem-estar da população”. Tem como principal objetivo “contribuir para a formação do universitário como cidadão”.
A minha equipe esteve constituída de 8 estudantes da Universidade Católica de Brasília e 8 da Universidade Metodista de São Paulo, de diferentes áreas do conhecimento,  acompanhados de 4 professores e um sargento do exército que fazia nossa segurança - o conhecido anjo. Fomos para o município de Porto Esperidião, que fica na fronteira com a Bolívia. A miscigenação em regiões fronteiriças e visível, pois a maioria das pessoas tem traços indígena-bolivianos. Além dos imigrantes bolivianos, que lá vivem.
Na primeira semana de trabalho realizamos atividades na zona rural/indígena. Alguns dos meus colegas levaram tecnologias sociais e ideias em favor do meio ambiente, outros realizaram palestras sobre temas da saúde, e ainda outros fizeram diversas atividades recreativas com as crianças.
Agora o que eu, estudante de relações internacionais, fui fazer lá? Filosoficamente falando, fiz um intensivo de Brasil; provei aquilo que lemos e ouvimos falar. Agora  falando em termos práticos (risos), eu fiz uma oficina de compotas e geléias! Siim, ensinei as mulheres a aproveitar as frutas do quintal fazendo conservas para venda, incutindo a ideia de geração de renda. Eu sempre gostei de culinária, só pra constar.
Qnd chegávamos na escola rural de determinada vila, eu e meu parceiro de trabalho procurávamos a cozinha e perguntávamos pras merendeiras que frutas haviam por perto, depois de apanhá-las reuníamos o público para ensinar receitas, e conversar sobre o aproveitamento integral de frutas, por fim, distribuíamos cartilhas da EMATER sobre Conservas (agradecimentos ao Presidente da EMATER/DF pelas doações).
Na zona rural dormíamos em colchões distribuídos nas salas de aula. Na cidade nosso alojamento era na creche, onde novamente espalhávamos colchões, um quarto masculino e outro feminino. Comíamos muito bem, pra tranquilidade de nossas mães.
Na segunda semana permanecemos na cidade e repetimos as atividades na escola do município. Dessa vez fiz uma oficina de adesivos de unha, pintados com tinta de tecido na caixa do leite. Um sucesso!
Encerramos nossa passagem em Porto Esperidião com a Feira Mix, um evento para toda cidade que consolidou tudo o que havíamos apresentado nos dias anteriores e expôs a cultura local. Uma festa com apresentação dos índios chiquitanos, música, desfile e artesanato. 

O que levarei desta experiência serão os sorrisos e abraços gratos das pessoas, os beijos das crianças, a expressão de gratidão e carinho do povo, além dos presentinhos das minhas alunas (docinhos e geléias).
Acredito que tudo isso me ajudou a tornar uma profissional de relações internacionais mais humana, consciente e entendedora de parte dos problemas de fronteira, que são muitos nessa big extensão territorial. O tráfico de drogas e de pessoas, a discriminação racial, a pobreza, a falta de instrução, assim como a corrupção são problemas endêmicos que precisam ser enfrentados.
E ainda posso afirmar com mais propriedade que o Brasil é um país rico, com problemas de distribuição de renda, país de imensa diversidade cultural, solo fértil e cheio de belezas naturais, que conta com um povo trabalhador e sofredor.
A simplicidade tem sua riqueza. Você pode não ter dinheiro a oferecer, muito menos solução para cada problema, mas se você estiver disposto a se doar e amar as pessoas, elas sentirão isso e te amarão de volta. É um ciclo.
Esse retorno que obtive compensa o cansaço, o desconforto, as picadas de mosquito e eventuais problemas de saúde. As amizades feitas foram maravilhosas, a cumplicidade e o cuidado uns com os outros foi incrível. É marcante, inesquecível. Isso é Rondon!

Se você é estudante universitário, desencanado e sem frescuras eu recomendo a experiência!

Nem Me Ligue,
P.
[Primeiro post da P. aqui no blog]

17 agosto 2011

Zara e o trabalho escravo


Caros leitores,
é com pesar que venho por meio deste anunciar a confecção de roupas da Zara por oficinas de costuras utilizadoras de mão de obra escrava contemporânea, proveniente, em grande parte, da Bolívia.

Para todos que são fãs dessa marca (como eu) e amam suas coleções, apesar do elevado preço (as promoções são as melhores) é triste saber que você de alguma forma contribuiu para essa ação criminosa e contrária aos direitos humanos.

Não proporei um boicote as lojas, até mesmo porque sei que não farei isso (e esse blog não é tão poderoso assim, mas um dia chegaremos lá....) , mas não comprarei as roupas que venham com a etiqueta ''Made in Brazil".

Para maiores informações: Roupas da Zara são fabricadas com mão de obra escrava.


Foto: Fernanda Forato



Foto:BP


Foto: BP Foto: TV Bandeirantes/Reprodução


Foto: FF
Eu reconheci essa calça!! tá na vitrine da Zara aqui em Brasília.


D.


15 agosto 2011

Beirut

Apresento a vcs uma ótima banda:




Beirut.



03 agosto 2011

Senhor Poliglota!

Se isso é ser poliglota, então ngm me segura!!




D.

O Poeta de Brasília....

Relatório do delegado Reinaldo Lobo, (SIMMMMMMMMM) da 29ª DP, no Riacho Fundo, em Brasília.
"Já era quase madrugada
Neste querido Riacho Fundo
Cidade muito amada
Que arranca elogios de todo mundo
O plantão estava tranqüilo
Até que de longe se escuta um zunido
E todos passam a esperar
A chegada da Polícia Militar
Logo surge a viatura
Desce um policial fardado
Que sem nenhuma frescura
Traz preso um sujeito folgado
Procura pela Autoridade
Narra a ele a sua verdade
Que o prendeu sem piedade
Pois sem nenhuma autorização
Pelas ruas ermas todo tranquilão
Estava em uma motocicleta com restrição
A Autoridade desconfiada
Já iniciou o seu sermão
Mostrou ao preso a papelada
Que a sua ficha era do cão
Ia checar sua situação
O preso pediu desculpa
Disse que não tinha culpa
Pois só estava na garupa
Foi checada a situação
Ele é mesmo sem noção
Estava preso na domiciliar
Não conseguiu mais se explicar
A motocicleta era roubada
A sua boa fé era furada
Se na garupa ou no volante
Sei que fiz esse flagrante
Desse cara petulante
Que no crime não é estreante
Foi lavrado o flagrante
Pelo crime de receptação
Pois só com a polícia atuante
Protegeremos a população
A fiança foi fixada
E claro não foi paga
E enquanto não vier a cutucada
Manteremos assim preso qualquer pessoa má afamada
Já hoje aqui esteve pra testemunhá
A vítima, meu quase chará
Cuja felicidade do seu gargalho
Nos fez compensar todo o trabalho
As diligências foram concluídas
O inquérito me vem pra relatar
Mas como nesta satélite acabamos de chegar
E não trouxemos os modelos pra usar
Resta-nos apenas inovar
Resolvi fazê-lo em poesia
Pois carrego no peito a magia
De quem ama a fantasia
De lutar pela Paz ou contra qualquer covardia
Assim seguimos em mais um plantão
Esperando a próxima situação
De terno, distintivo, pistola e caneta na mão
No cumprimento da fé de nossa missão

Riacho Fundo, 26 de Julho de 2011
Del REINALDO LOBO
63.904-4"
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Uns são corruptos, outros dançam, tem aqueles que levam cantadas de travesti e pq n ter um poeta?!

Só para constar, o texto foi devolvido pela corregedoria , mas como esse formato não é proibido nd aconteceu com o poeta de plantão.

D.

02 agosto 2011

Prefeito da Lituania em blindado

Na Lituania o prefeito de Vilna Arturas Zuokas , capital do país, resolveu inovar. Cansado de carros de luxo estacionados em locais proibidos, como ciclovias e faixas de pedestre, chamou um blindado e passou por cima de uma Mercedes-Benz S-Class.
Depois da proeza ainda cumprimentou o dono do veículo, que parecia meio chocado com a situação claro quem não ficaria!?.
O video abaixo mostra o momento:




kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Eu queria um desses em brasília!!!

Achei esse video tão caricato.


D.

01 agosto 2011

Armani e suo ragazzo, Calvin Klein and his boyfriend...


Nossa muito tempo sem postar!!

No dia 4 de fevereiro de 2011 postei sobre o Karl Lagerfeld e seu namorado o maravilhoso e aproveitador com um quê de New Kids on the Block Baptiste Giabiconi. Agora venho apresentar o ragazzo do Giorgio Armani 77 anos: "Jano"q nome é esse?? ". O rapaz trabalha na noite de Ibiza e dizem as más linguas que Jano é garoto de programa, mas nunca se sabe....


Aproveitando a deixa, apresento, também, o namorado do Calvin Klein 68 anos, o não tão bonito ex ator porno gay, agora modelo da calvin klein e universitário de 21 anos Nick Gruber:



Sim queridos leitores o $$$$$$$$$$$$ faz milagres! duvido q um cara desses se interessaria por esses senhores se eles fossem pobres e desconhecidos!

D.

23 junho 2011

Rumo ao mundial

A esperadíssima segunda partida da final da Libertadores aconteceu e o Santos levou o título para a Vila. Para a felicidade de meio mundo de brasileiros.
A batalha começou semana passada em Montevidéu, terra do Peñarol e terminou num arriscado 0X0, que poderia ter sido 1x0 para o Peñarol se o jogador que fez o gol não estivesse impedido. Ainda assim, é melhor um empate sem gols do que uma derrota #FATO
Com isso, o Santos trouxe a decisão para o Pacembú e como a Libertadores tem a regrinha do gol fora de casa, era vencer ou vencer porque um empate daria a vitória ao time uruguaio. O primeiro tempo foi apagadinho e teve só uns três ou quatro lances de susto sendo a maioria para o time da Vila, maaas não foram suficientes para assustar de verdade e nem para balançar a rede.
No segundo tempo o time voltou mais veloz e uma arrancada maravilhosa começou com aquele que, para mim, foi o nome do jogo: Arouca. Aos dois minutos ele pegou a pouco antes do meio de campo, tabelou com o Ganso carregou e deixou o Neymar livre para fazer o primeiro gol do Santos. MANO, a torcida [e eu aqui em casa] foi ao delírio e o Santos estava a menos de 50 minutos de levantar a taça.
Depois disso, como já era de se esperar, o Santos dominou a partida mesmo com o Peñarol atacando loucamente e chegou a segundo gol com uma jogada individual do Danilo. Inesperadamente o Durval fez um gol contra depois dos trinta minutos, mas ainda assim os meninos da Vila mantiveram a cabeça fria e trouxeram o título para a terrinha.
Agora é pensar no Mundial Interclubes que começa no fim do ano e na possibilidade de enfrentar o Barça #Achodigno

Meus parabéns ao Muricy que é o técnico mais vitorioso do futebol brasileiro e não isso é inquestionável.
Meus parabéns ao time do Santos que deu um show e coletividade e entrosamento.
E meus parabéns ao Arouca que puxou o time para o ataque e levou o Santos pra cima deeleeesss!


Hoje Neymar, Ganso e Elano vão se juntar a seleção brasileira que esta concentrada na Argentina para treinar para a Copa América. E tudo já começa com um gás diferente quando se ganha uma libertadores. Tomara que isso dê ânimo para os jogadores e os brasileiros tragam a Copa América para cá. Porque ganhar essa competição é MUITO bom, mas ganhar na CASA dos argentinos é MELHOR AINDA. Palavras de Júlio César, nosso querido goleiro.
Então, pra cima deles Brasil e joguem MUITO nessa Copa América.

Beijos,
Nem Me Ligue!
A.