06 fevereiro 2011

Ano novo, nem tudo novo

Muitos acontecimentos políticos agitaram essa semana. Além da continuação da novela Mubarak, aqui no Brasil houve a reabertura do STF e do Congresso Nacional, que deu MUITO o que falar.
Como diria meu BRÓDER Jack, o estripador: Vamos por partes [#FAIL]

Dedicarei esse post aos acontecimentos do Congresso, deixarei os outros assuntos para outros posts porque senão esse vai ficar do tamanho do MUNDO x]

Na última terça-feira o Congresso reabriu e aconteceu a tão conhecida cerimônia de posse, tanto dos Deputados quanto dos Senadores. Depois, como de costume a cada dois anos, os representantes das casas votaram para escolher os novos presidentes.
Pois bem, no senado havia dois candidatos: José Sarney [QUE SURPRESA!] e um moço do PSOL [que só se candidatou para reforçar o fato de que aquele era o ÚNICO partido que não apoiava a candidatura do nosso querido bigode].
A maior surpresa de todos os tempos foi saber que o digníssimo ex-presidente da república foi reconduzido ao cargo para mais um biênio. Bom, partindo do princípio que ele é um dos homens mais fortes da casa a bróder Dilma não se pode dar ao luxo de perder o apoio dele no Senado, portanto os gritos de #forasarney que ecoaram via twitter, foram nada mais nada menos do que [mais] uma manifestação descabida.
Nada contra a liberdade de expressão e nem a favor do bigode, mas levando em consideração a atual conjuntura da situação, quem seria o presidente do senado se não fosse ele? O Cristóvam Buarque? Claro que não, se ele tivesse oito votos que nem o moço do PSOL eu acharia muito.
Para fazer pressão tinha que ir lá pra porta do congresso e fazer uma manifestação de verdaaade com cartazes e tudo para mostrar que o povo não queria que o Sarney fosse reeleito. O povo tem que ficar atento aos mais de 70 deputados que votaram nele para poder falar: NÃO voto em você daqui a 8 anos, seu safado!
Ainda acho que a maior sacanagem de todas foi ter que ouvir o José dizer que ele não queria se candidatar a reeleição e que isso tudo foi resultado da movimentação da própria casa e do partido dele. NÃÃÃO, não foi isso, o que aconteceu é que todo mundo tem o rabo preso com ele e a melhor opção para não sair chamuscado é fazer o que ele quer.
As vezes eu acho que os brasileiros só vão dar atenção a política quando um presidente decretar estado de sítio e fechar o congresso ou quando houver um golpe por parte da oposição, mas tudo isso é claro depois de MIL anos de ditadura e opressão [#EgitoFeelings].

Depois dessa NÃO surpresa, surgia uma maior ainda na câmara dos deputados com a escolha de Marco Maia para a presidência da casa. O deputado estava em exercício no cargo desde quando Michel Temer pediu licença para a corrida presidencial. Ele teve o apoio de mais da metade dos deputados da casa e era o candidato da base governista, portanto as votações do congresso tendem a ser bem favoráveis a atual presidente. Ao contrário do que vem acontecendo em outros parlamentos do mundo, onde os legisladores são em sua maioria oposicionistas ao governo.

Meu caro leitor, a nossa política é uma caixinha de surpresas [#FATO]. Não tem como fugir dos efeitos que ela causa sobre a sociedade e, no entanto, muita gente ainda insiste em fugir e dizer que nesse campo em especial tudo se resume a corrupção. Engana-se quem não vê as engrenagens que movem esse complexo relógio e é uma pena que tantos escolham fechar os olhos para ele.
A certeza que fica é que 2011 já começou, mas nem por isso as coisas mudaram. Acho que alguém não tá cumprindo com as promessas da listinha de fim de ano... Cadê a renovação?

Besos,
A.

Um comentário:

  1. Ihhh, para acontecer uma revolução política vai demorar muito. Por enquanto a gente se contenta com manifestos no twitter. É tão fácil ficar indiferente.

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